Texto-Referência: 2 Crônicas 38: 3.
Aqui começamos uma série de estudos e reflexões sobre temas que são costumeiramente polemizados pela opinião pública e, principalmente, porque percebemos que muitos cristãos ainda não conseguem ter uma posição firme e fundamentada diante desses temas. Lamentavelmente!
Lamúrias à parte, começamos nosso estudo discorrendo acerca das questões morais que envolvem a vida e a morte, pois entendemos que se trata temas mais urgentes. Pois bem, nessa temática (vida/morte), temos uma questão cuja prática tem ceifado muitas vidas: O aborto.
Definição e Histórico
A expressão “aborto” se caracteriza pela morte do embrião ou feto, que pode ser espontânea ou provocada. Segundo o site Brasil Escola (www.brasilescola.com), o aborto espontâneo é decorrente de: Anomalias cromossômicas, infecções, choques mecânicos, fatores emocionais, intoxicação química acidental, dentre outros, e ocorre em aproximadamente 25% das gravidezes. Ele é caracterizado pelo término da gestação de menos de 20 semanas, sendo o sangramento vaginal um forte indício de sua ocorrência. Mais de 50% dessas situações diz respeito a alterações genéticas no embrião.
Abortos provocados consistem na interrupção intencional da gestação. Quanto a isso, acredita-se que ocorram aproximadamente 50 milhões desse tipo de caso em todo o mundo, sendo a Romênia a campeã em número de abortos por habitantes. Os métodos mais utilizados nas clínicas são a sucção, dilatação, curetagem e injeção salina (sendo esta considerada uma prática segura, desde que seja feita nas primeiras semanas de gestação, e praticada por equipe qualificada).
O aborto no Brasil é proibido por lei, exceto em casos de estupro, ou quando a mãe corre risco de vida (aborto sentimental, moral ou piedoso; e aborto terapêutico, respectivamente). Apesar da ilegalidade das demais práticas, é sabido que muitas mulheres recorrem ao aborto se utilizando de métodos caseiros; ou mesmo por atendimento em clínicas clandestinas. Deste último, um número considerável de mulheres sofre de complicações como hemorragias, infecções, perfurações abdominais, podendo desencadear em infertilidade, ou mesmo em óbito. Aqui vai um dado curioso: O aborto é uma das maiores causas de morte materna.
Esse ato pode ser traumático à mulher, manifestando perturbações emocionais, decorrentes do forte sentimento de culpa e/ou tristeza: a síndrome pós-aborto. Flaschbacks sobre o ato, pesadelos, reações de lembranças sobre a data de aniversário do aborto ou a data prevista para o nascimento da criança, tendências suicidas, dificuldade em ter contato com crianças, abuso de álcool e outras drogas, dificuldades de concentração e ansiedade são alguns dos sintomas que podem caracterizar essas mulheres que passaram por um aborto, seja espontâneo ou provocado.
Os defensores do aborto procuram encobrir sua natureza criminal mediante a terminologia confusa ou evasiva, ocultando o assassinato com jargões como “interrupção voluntária da gravidez”, “direito de decidir” ou “direito à saúde reprodutiva”. Nenhuns desses artifícios da linguagem, entretanto, podem ocultar o fato de que o aborto é um infanticídio.
Já os que são contra o aborto, muitas vezes não apresentam argumentos convincentes sobre as razões pelas quais não aprovam essa prática. Sendo bastante sinceros, sentimos falta de fundamentação nos argumentos dessas pessoas. Principalmente de cristãos. É muito fácil dizer “Sou contra o aborto” ou participar de campanhas tipo “Diga SIM a Vida. NÃO ao Aborto”, deixando bem claro que não temos nada contra essas campanhas, principalmente porque aprovamos a maioria delas. Mas o problema está quando se pergunta “Por que você é contra o aborto? Justifique sua resposta”. As respostas de muitos cristãos dão até dor nos ouvidos, pois estão recheadas de argumentações superficiais ou extremistas sobre a vida, sobre Deus e, principalmente, sobre o que a Bíblia diz sobre o assunto. O foco desse estudo é justamente fundamentar os argumentos bíblicos e seculares para justificar o porquê somos contra a prática do aborto.
No texto bíblico em questão, observamos que o Rei Acaz, além de andar incorretamente diante de Deus, servindo a outros deuses, também queimou seus filhos em sacrifício (2 Cr 28: 3). Imagine que abominação deve ser esse tipo de religião que oferece crianças em sacrifício! Deus permitiu que Judá fosse derrotada como castigo pelas práticas criminosas de Acaz e, até hoje, essa prática não foi eliminada. O aborto é um sacrifício de crianças feito aos desapiedados deuses da conveniência, da economia e dos caprichos, que continua a existir nas clínicas clandestinas; o número de vítimas provavelmente horrorizariam até o cruel Acaz.
Se desejarmos que as crianças conheçam a Cristo (Mt 19: 14), devemos primeiro permitir que elas nasçam.
No próximo estudo falaremos sobre as três abordagens que há sobre o aborto, apresentando os argumentos favoráveis e desfavoráveis sobre elas, tanto da perspectiva bíblica, quanto de outras perspectivas sociais.
Que Deus continue te abençoando.
Referências:
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ARAGUAIA, Mariana. Aborto. Artigo disponível na Internet via WWW, através da URL: http://www.brasilescola.com/biologia/aborto.htm. Acessado em 06/11/2012;
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ARAGUAIA, Mariana. Síndrome pós-aborto. Artigo disponível na Internet via WWW, através da URL: http://www.brasilescola.com/biologia/aborto.htm. Acessado em 06/11/2012;
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BÍBLIA de Estudo Aplicação Pessoal. Versão Almeida, Revista e Corrigida. 1995
Por Linaldo Lima
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