O Plano de Deus apresentado no Monte Moriá

domingo, março 10th, 2013

Texto-Base: Gênesis 22: 1 – 3.

abraao-e-isaque-2O monte Moriá foi palco de momentos importantes para a história do povo de Israel, marcando-os profundamente. Foi neste monte que (1) Deus mandou o patriarca Abraão (já com 100 anos) sacrificar seu único filho Isaque. Também foi no Moriá que (2) “Salomão começou a Edificar a casa do Senhor…onde o Senhor aparecera a Davi, seu pai…” (2Cr 3:1); aqui o rei Salomão construiu o primeiro templo (cerca de três mil anos atrás), que foi destruído pelos babilônios em 586 a.C.. Setenta anos após a destruição, (3) o segundo templo foi erguido pelos judeus que haviam retornado do exílio, e reformado pelo rei Herodes, séculos depois.

Depois da destruição de Jerusalém pelos romanos, no ano 70 d.C., a área do segundo templo foi deixada em ruínas (primeiro pelos romanos, e depois pelos bizantinos). Esta profanação durou até o ano 638 d.C., quando Jerusalém foi conquistada pelos muçulmanos, mais precisamente quando o califa Omar ibn-Khattab ordenou que o local fosse limpo e nele se construísse “uma casa de oração”.

Cerca de 50 anos depois, o califa omíada Abd al-Malik construiu a Cúpula da Rocha, para ser o relicário de um afloramento rochoso que se crê ser o “local do sacrifício de Abraão”, a saber: O Monte Moriá. Ele construiu também a grande mesquita na extremidade meridional do Haram, que recebeu o nome de al-Aksa, segundo o nome dado pelo Alcorão a toda a área.

Mas nenhum outro momento foi tão decisivo para a história da humanidade como a história de Abraão, tratada no texto em questão. Há uma pequena amostragem do que Deus faria, no futuro, em benefício da coroa da criação (o homem). Você já ouviu ou leu sobre essa história? Você já reparou nos detalhes e nas pistas que Deus deixou para a vinda de Cristo? Você já percebeu que o acontecimento que se desenrolou no Monte Moriá foi descrito lá na Cruz? Convidamos você a viajar junto conosco nessa história e ver o que Deus tem a nos ensinar nesse momento glorioso.

1. Um Lugar de Entrega.
Abraão era um grande e próspero pastor, mas apesar de ter muitas posses, ele não tinha um herdeiro sequer, pois sua mulher Sara era estéril. Sua esposa não podia lhe dar o bem mais precioso daquela época, que são os filhos, que pudessem perpetuar o nome da família nas gerações futuras.

Deus prometeu a Abraão um filho, que não apenas seria seu herdeiro, mas que seria a comprovação de outra promessa feita no dia do seu chamado: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12: 1 – 3). Quando tinha 100 anos de idade, Deus presenteou Abraão com o nascimento de Isaque. O milagre de Deus havia chegado na vida de Abraão.

Tempos depois, Deus pediu que Abraão oferecesse Isaque em sacrifício. Por que? As nações pagãs da época realizavam a prática de sacrificar seres humanos, mas Deus condenava essa prática, como um terrível pecado (Lv 20: 1 – 5). Acontece que Deus não queria a morte de Isaque, mas sim que Abraão sacrificasse o filho no seu coração, com o fim de tornar claro que ele amava mais a Deus do que as promessas e o filho tão esperado. Abraão havia aprendido sobre uma característica especial de Deus: Sua habilidade de prover.

Talvez Abraão não estivesse entendendo o porquê daquilo tudo, mas Deus já estava querendo mostrar ao Seu povo como seria a redenção dos pecados da humanidade. Assim como Abraão entregou o filho prometido para ser morto, Deus entregou o seu filho unigênito para morrer pelos pecados da humanidade. Assim como Abraão amou a Deus a ponto de aceitar sacrificar seu filho, Deus nos amou de maneira incomparável, ao ponto de entregar o seu único filho para morrer por nós.

Curiosamente, a caminhada de Abraão até o Moría durou três dias (Gn 22: 4), que foi o mesmo período em que Jesus permaneceu morto (aproximadamente) até a ressurreição.

2. Um Lugar de Provisão (Gn 22: 12-13).
Note o paralelo entre o carneiro oferecido no altar em substituição a Isaque, e Cristo oferecido na Cruz. Embora Deus tenha impedido Abraão de sacrificar seu próprio filho, Ele não poupou o Seu Filho unigênito da morte na Cruz. Se Jesus não tivesse sido sacrificado na Cruz, toda a humanidade permaneceria condenada.

Deus enviou seu único filho para morrer por nós a fim de que pudéssemos ser poupados da merecida morte eterna e, na ressurreição de Jesus, termos direito à vida eterna (Jo 3: 16).

Lá no Monte Moriá, o filho escapou da morte, sendo substituído pelo cordeiro. Lá na cruz do calvário, o cordeiro foi substituído pelo próprio Filho de Deus. O que era um pano de fundo se tornou realidade. A morte de Cristo significou a vitória sobre a morte eterna. A Provisão de Deus, o nosso Jeová Jiré, chegou na hora certa.

3. Um Lugar de Glorificação (Gn 22: 14).
Notemos uma coisa interessante: Quando Abraão subiu para sacrificar Isaque, o monte se chamava “Moriá”; ao descer, o monte passou a se chamar “Jeová-Jiré”. Abraão desceu glorificando a Deus e abraçado ao seu filho.

A ressurreição de Cristo foi a Glorificação do sacrifício realizado na Cruz. Ele subiu ao Gólgota, cumpriu o propósito de Deus morrendo por nós e desceu, aparentemente, como derrotado. Mas o que parecia derrota, na verdade foi a nossa vitória sobre a morte. Hoje temos a vida eterna. Isso não é uma figura. É uma realidade.

cristo-na-cruzComo fechamento, precisamos destacar que, desde o princípio, Deus nos mostrou como seria o Seu plano aqui na terra para salvar o homem de seus pecados. O interessante é que muitos, hoje, ainda abrem suas bocas pra dizer que Jesus nunca existiu; que é uma alegoria criada pelo ser humano. Mas nós sabemos que Ele é real. Não podemos abrir mão dessa verdade.

Que a lição do Monte Moriá nos traga a certeza de que Deus ama o homem de tal forma que, mesmo após o pecado, não deixou de buscá-lo e, só descansou, quando viu seu plano de redenção concluído lá no Calvário, através de Seu filho Jesus. O que Ele nos passou como alegoria na história de Abraão, hoje é uma realidade eterna.

A Deus toda a Glória!

Por Linaldo Lima
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