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Texto Bíblico: Gênesis 4: 1-7
Há quem diga estamos vivendo, hoje, a famosa “geração de Elias e João Batista”; também alguém pode afirmar que estamos provando o tempo dos “verdadeiros adoradores”, ou melhor, “o tempo do avivamento”. Pensar dessa forma num sentido profético crendo em dias melhores para o cristianismo protestante do nosso século é louvável. Entretanto, nunca vivemos um cristianismo tão ambíguo, tão dividido e ideologicamente duvidoso quanto vivemos hoje. Sendo mais diretos, o que vemos são várias tipos de cristãos que, na prática, estão divididos entre dois sentimentos: servir a Deus como Ele quer, ou segundo seus próprios esforços.
Os cristãos protestantes de hoje estão mais parecidos com a história dos irmãos Caim e Abel (Gn 4). Vivemos uma geração que almeja ser como Abel (pelo menos na teoria), mas estão se comportando diante de Deus (e dos homens também) como Caim. Oxente, e isso é possível? Vamos refletir um pouco sobre a história bíblica!
Abel foi a segunda criança trazida ao mundo, mas a primeira a obedecer a Deus. Por toda história Abel é lembrado por sua obediência e fé (Hb 11: 4). Já seu irmão Caim era movido pelo momento e, na hora de trazer suas ofertas para apresentar a Deus, agiu pela raiva que sentiu na hora em que teve sua oferta rejeitada por Deus. A reação de Caim nos dá pistas de que sua atitude estava provavelmente errada desde o início.
Aqui já aprendemos a primeira lição para aplicar em nossa vida diária: Nossa vontade enquanto cristãos é agir com e pela fé mas, na maioria das vezes, agimos movidos pelo momento. O cristão que vive de momento não consegue firmar relacionamentos profundos com ninguém. Ele pode ser comparado às ondas do mar, que são impelidas pelo vento aleatoriamente. Todavia, o verdadeiro cristianismo é firmado num relacionamento profundo com Deus através de uma fé espontânea, como foi o exemplo de Abel.
O problema está justamente nessa ambiguidade, pois muitas vezes queremos ter a fé espontânea de Abel, mas na hora do “vamos ver” agimos pelo momento e por nossa própria conta, sem sequer perguntar a Deus sobre o que Ele deseja de nós.
Agir pelo momento pode nos trazer conseqüências drásticas por toda a vida. Viver pela fé nos levará até o céu.
A segunda lição que podemos extrair dessa história é que a inocência de Abel demonstrava sua pureza de coração, uma característica natural de uma pessoa que serve a Deus sem reservas. Já a malícia de Caim resultou no assassinato de seu irmão.
Agir com malícia é próprio de quem quer executar seus próprios interesses, de quem gosta de “tirar vantagem” em tudo, de sair sempre ganhando, mesmo que para isso outras pessoas sejam prejudicadas.
Talvez alguns cristãos queiram até viver na inocência e pureza de Abel, mas no fim das contas acabam seguindo o exemplo de seu irmão Caim, com o coração cheio de perversidades, malícia, soberba, orgulho, pensando somente em tirar vantagem dos outros.
Mas Deus quer que tenhamos um coração puro e inocente assim como o de Abel. Um coração que se entregue a Deus sem reservas, que acredite nas pessoas, que pense não apenas em si mesmo, mas principalmente no próximo… Um coração cheio de Deus.
Deus deu a Caim a chance de corrigir o seu erro e fazer uma nova tentativa. Deus até o encorajou a fazer isto! Mas Caim se recusou e o resto de sua vida é um exemplo assustador do que acontece com os que se recusam a admitir seus próprios erros (Pv 28: 13).
Pedir a ajuda de Deus para escolher o que é certo pode nos impedir de desenvolver atitudes das quais nos arrependeremos.
O Senhor avalia tanto os nossos motivos quanto à qualidade de tudo que oferecemos a Ele. Quando ofertamos a Deus e ao próximo, devemos ter um coração alegre pelo fato de podermos doar. Não devem nos preocupar com as coisas que estamos abrindo mão, já que cremos que tudo nessa vida é de Deus. Devemos dar a Deus com alegria o melhor do nosso tempo, dinheiro, posses e talentos.
O que oferecemos a Deus precisar ser de coração – o melhor do que somos e possuímos.
Para fechar nossa reflexão, precisamos entender que Deus almeja ter comunhão com o cristão que tenham o perfil de Abel. Pessoas que se preocupam em estar em comunhão a Deus, e não em aparecer para o mundo. Pessoas dispostas a darem o seu melhor pra Deus com pureza e espontaneidade.
Devemos abrir mão das procedências de Caim e nos espelharmos nas atitudes de Abel, lembrando que este foi o primeiro a ter seu nome mencionado na famosa galeria dos heróis da fé (Hb 11: 4).
E essa galeria ainda não está fechada. Ainda cabe o nosso nome nela!
Que Deus tenha falado ao teu coração.
Por Linaldo Lima
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