Texto Bíblico: João 10: 1 – 10.
“O ladrão não vem, senão para roubar, matar e destruir. Eu vim para que as ovelhas tenham vida, e vida em plenitude” (v.10).
O contexto dos pastores nos tempos de Jesus nos traz alguns pontos interessantes. À noite, as ovelhas eram reunidas em um aprisco¹ para serem protegidas dos ladrões, das intempéries ou dos animais selvagens. O pastor muitas vezes dormia no aprisco para proteger as ovelhas. Ou seja, enquanto o ladrão buscava uma oportunidade para tragar as ovelhas, o pastor dedicava todo o seu tempo para protegê-las, dando a sua própria vida.
No texto bíblico em questão, Jesus mostra o verdadeiro contraste que há entre o pastor das ovelhas e o ladrão. Enquanto o ladrão tira a vida, Jesus a dá. E a vida que Ele dá é abundantemente rica e completa. E é justamente sobre essa abundância de vida que abordaremos nessa reflexão.
A palavra grega usada para transmitir a ideia de abundância foi perissos (grego coiné), que significa “estar presente de maneira superabundante ou em excesso”. A interpretação bíblica é de que a vida abundante não é apenas eterna, mas também uma vida excessiva e ampla em demasia para ser desfrutada aqui e agora.
Entendemos, então, que Deus planejou um tipo de vida muito mais profunda e além da que vivemos agora e que, mesmo sendo eterna, ela pode ser desfrutada com a mesma intensidade no tempo que se chama HOJE.
Aproveitando a reflexão feita por Swindoll (2008), podemos identificar quatro características perceptíveis no tipo de vida que Jesus nos oferece. São elas:
1. Ela é sublime.
A vida que Deus planejou nos capacita a viver acima do entrave provocado por sentimentos como medo, superstição, vergonha, pessimismo, culpa ansiedade, preocupação e toda a negatividade que impede as pessoas de aproveitar cada dia como um presente que vem de Deus. A vida abundante permite que uma pessoa comece o dia afirmando que ela é de Deus, que o dia pertence a Deus e que nada nessa vida apagará a certeza de que a presença de Deus é real e presente em sua vida.
2. Ela ignora a opinião dos outros.
A vida planejada por Deus faz com que nos recusemos a seguir as orientações daqueles que conduzem a vida a partir de um prisma puramente humano. Ela nos assegura na verdade, ao mesmo tempo em que ignora a opinião alheia. Ela nos permite ter a ousadia de defender aquilo que é certo sem ter medo do ridículo ou da perseguição. As pessoas que recebem a vida abundante não precisam agradar as pessoas porque seu prazer é agradar a Deus.
3. Ela assume riscos.
A vida abundante que Jesus dá leva-nos a tentar o impossível acreditando, firmemente, que todas as coisas são possíveis para Deus. Uma vez que a abundância é imaterial, existe pouco medo da perda. Podemos viver fora da armadilha de nos preocuparmos em perder “coisas”.
4. Ela é libertadora.
A vida como Deus planejou faz com que não nos apeguemos à coisa alguma porque a segurança e contentamento vêm de Deus. Dinheiro, posses, status e até mesmo relacionamentos tornam-se apenas meios usados por Deus para nos abençoar, à medida que nós abençoamos outros em contrapartida. Uma vez que Deus é dono de todas as coisas, não temos necessidade de prendê-las ou retê-las.
Como tudo nessa vida tem um “MAS…”, aqui também não é diferente. Então lá vai.
Mas, a vida abundante tem uma exigência: precisamos estar dispostos a trocar nossa velha vida – nossa antiga maneira de viver, escolher, pensar e nos comportar – por uma nova vida, uma vida moldada e dirigida pelo Senhor. Essa troca começa com um momento de decisão, mas segue seu curso por toda a vida. Na teoria é algo muito simples de fazer. Na prática, exige renúncia de nós mesmos.
Mas uma coisa é fato: A vida abundante não é algo que pedimos; é algo que recebemos. É começamos a recebê-la à medida que nos tornamos cidadãos do Reino de Deus. E quando ela termina? Nunca. Ela é eterna!
#VidaAbundanteÉVidaComDeus!
Por Linaldo Lima
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Sermão baseado nas lições extraídas do livro “Jesus, o maior de todos” / Charles R. Swindoll; Mundo Cristão, 2008 – (Série heróis da fé).
¹Aprisco – Caverna, galpão ou área aberta cerca de muros para proteger as ovelhas.