Introdução
Depois de um “pequeno” hiato, estamos de volta para reativar as postagens do blog. E como não poderia deixar de ser, já vamos começar trazendo uma questão direta para nossa reflexão: Como podemos conhecer o caráter de Deus e a natureza de suas obras mediante o estudo dos nomes as Escrituras lhe atribui?
A questão acima se tornou latente após a resposta dada por Deus a Moisés, quando este lhe perguntou como responderia aos hebreus acerca do Ser Divino que o mandou para libertá-los da escravidão do Egito. A resposta de Deus (“eu sou o que sou”) traz-nos o tetragrama dos hebreus que é traduzido pelo nome de Yahweh (YHWH). Entretanto, antes desse momento, outros nomes foram atribuídos a Deus que também trouxeram-lhe significados profundos e totalmente alinhados com seu caráter e obras. Vamos a eles.
1. Sobre os Nomes de Deus.
Vale destacar dois fatos: (1) Os nomes atribuídos a Deus não podem ser atribuídos a outros; (2) os nomes de Deus revelam atributos que só Ele tem.
Segundo BERKHOF (2007), No sentido mais geral da palavra, o nome de Deus é sua auto revelação. É um designativo dele, não como ele existe nas profundezas do seu Ser Divino, mas como ele se revela especialmente em suas relações com o homem. Para nós, o nome geral de Deus é subdivido em muitos nomes, que expressam o multiforme Ser de Deus.
Vale destacar também que esses nomes não foram dados pelo homem, tampouco atestam sua compreensão do Ser de Deus propriamente dito. Mas, foram dados pelo próprio Deus com a certeza de que, em certa medida, contêm uma revelação do Ser Divino. Pois bem, sem mais delongas, vamos aos nomes e suas respectivas implicações para nossa vida cristã.
2. Os Significados dos Nomes de Deus no Antigo Testamento.
Os principais nomes e seus significados são:
- ‘EL, ‘ELOHIM e ‘ELYON – ‘EL é o nome mais simples de Deus, possivelmente derivado de ‘ul, e apresenta os significados de Ser Primeiro, Ser Senhor, Ser Forte, Ser Poderoso. ‘El apresenta Deus como Ser Primeiro, Ser Supremo. É o nome que Deus usa para falar de si mesmo como Deus da Criação. ‘ELOHIM mostra Deus também como Forte e Poderoso, mas também como objeto de temor; é apresentado no plural, que deve ser considerado como intensivo e serve para indicar a plenitude de poder. ‘ELYON é derivado de ‘alah, e designa Deus como Alto e Exaltado (Gn 14.19,20; Nm 24.16; Is 14.14). Em suma, esses nomes apresentam Deus como Supremo, Exaltado, Dono de todo o poder, Primeiro e Único;
- ‘ADONAI – É o nome mais familiar atribuído a Deus, e significa Senhor Onipotente, Soberano, que submete todas as coisas a si mesmo. É o nome mais utilizado na relação entre Deus e os filhos de Deus. Se com a derivação ‘El Deus era visto como Deus da Criação, em ‘Adonai Deus é senhor de um povo;
- SHADDAI e ‘EL-SHADDAI – Nome derivado de Shadad, e indica que Deus possui todo o poder no céu e na terra (Todo-Poderoso). Shaddai apresenta Deus como sujeitando todos os poderes da natureza e fazendo-os subservientes à obra da graça divina. Embora dê ênfase à grandiosidade de Deus, não o apresenta como objeto de temor e terror, mas como fonte de bem-aventurança e consolação. É o nome com o qual Deus apareceu a Abraão (Êx 6.2-3).
3. O Significado de YAHWEH (Êx 3.13).
Propositalmente, deixamos o nome YAHWEH para nos alongarmos mais, pois é este o nome apresentado no texto básico deste sermão. É especialmente no nome Yahweh, que gradativamente superou os nomes anteriores, que Deus se revela como o Deus da graça. Sempre foi tido como o mais sagrado e o mais distintivo nome de Deus, o nome incomunicável. Os judeus temiam supersticiosamente usá-lo, visto que liam Lv 24.16 ao pé da letra. Daí, ao lerem as Escrituras, substituíram-no por ‘Adonai ou por ‘Elohim.
É esse o sentido que é apresentado em Êx 3.14, onde se traduz “Eu sou o que sou”, ou “Eu serei o que serei”. O nome indica a imutabilidade, auto existência e suficiência de Deus. Ao responder Moisés com o “Eu sou o que sou”, Deus estava simplesmente dizendo: “Eu me revelarei na totalidade dos meus atributos”. Ou seja, se o povo precisasse de um ELOHIM, por exemplo, “Yahweh será”.
O nome Yahweh contém a segurança de que Deus será para o povo dos dias de Moisés o que foi para os seus pais – Abraão, Isaque e Jacó. Salienta a fidelidade pactual de Deus, sendo seu nome próprio por excelência. Não é empregado com referência a mais ninguém, senão unicamente com referência ao Deus de Israel.
Muitas vezes o nome Yahweh é fortalecido por alguns acréscimos únicos, que destacaremos a seguir:
- Yahweh Tsebhaoth – O Senhor dos Exércitos;
- Yahweh Jireh – O Senhor Proverá (Gn 22.14);
- Yahweh Rophen (Rafá) – O Senhor que Sara (Êx 15.26);
- Yahweh Nissi – O Senhor é a minha bandeira (Êx 17.15);
- Yahweh Shalon – O senhor envia a Paz (Jz 6.24);
- Yahweh Shamah – O Senhor está presente (Ez 48.35).
4. APLICAÇÕES PRÁTICAS.
Respondendo, portanto, a pergunta feita na introdução desta mensagem, estudar os nomes de Deus é extremamente importante pelos seguintes aspectos:
- Os nomes de Deus revelam o caráter íntegro e perfeito de Deus;
- Os nomes de Deus estão relacionados com os atos soberanos de Deus na história;
- Os nomes de Deus falam de um Deus que traz consolo, conforto e segurança para o Seu Povo;
- Os nomes de Deus nos ordena, convida e convoca a consagração, submissão e adoração a Deus.
Portanto, entender os significados dos nomes atribuídos a Deus deve nos deixar seguros, ao mesmo tempo que nos convoca a uma vida de santidade, reverência, submissão e adoração.
CONCLUSÃO
Venhamos, portanto, e adoremos ao Senhor dos Exércitos, que é Deus Supremo, Exaltado, Todo-Poderoso, Primeiro e Único, Onipotente, Soberano, Gracioso, Auto existente, Imutável, Suficiente, que, cercado de hostes angelicais, governa o céu e a terra no interesse do seu povo e, recebe glória de todas as suas criaturas.
#YahwehSejaAdorado.
Por Linaldo Lima
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